Epicentro: mais palestras

Fechando a série sobre o evento Epicentro: Idéias que valem a pena espalhar, vou direto para os palestrantes de quem ainda não falei.

INI Rio

O INI Rio (Instituto Índio da Costa) foi criado para que idéias possam vir a se tornar realidade. Tony Nardini, assessor do Deputado Federal (RJ) Índio da Costa, mostrou que o político atual deve estar conectado com seus públicos.
Aquele político que fica em seu gabinete atendendo e assinando papéis está com os dias contados. O mundo online veio para trazer transparência ao muitas vezes tão obscuro meio político.

Tony Nardini disse que o INI Rio tem um programa de capacitação de empreendedorismo para baixa renda, para o qual me ofereci para palestras gratuitas. Fica a dica: quem quer ajudar o empreendedorismo nacional e ao mesmo tempo fortalecer seu currículo pode também contatar o instituto (21) 2215-4108.

Caderno Digital: A evolução

Rawlison Terrabuio trouxe o interessantíssimo Caderno Digital, que é um projeto criado no Paraná e que pode ser implantado em todo o país.

Só para ilustrar a importância do projeto do Rawlison, vou contar uma pequena estória pessoal: Quando tinha 16 anos e cursava o antigo científico, os alunos da minha turma, comandados pelo representante, levantaram um protesto contra o professor, dizendo que o seu método era deficiente e os alunos não conseguiam acompanhar. Depois de muitos colocarem suas opiniões, o próprio professor perguntou o que eu achava.

O que eu podia dizer se era totalmente contra o sistema de ensino e ainda mais daquele colégio ultra-mecanicista e seu ensino totalmente não humanizante? Bem, lancei o torpedo de que o sistema de ensinol (o de 20 anos atrás é ainda o mesmo de hoje) estava 100 anos atrasado.

Todo o sistema se baseia no ensino industrial, ensinando massas de conteúdo para massas de pessoas, sem o mínimo de personalização ou integração com a realidade. Bomba lançada, vamos voltar ao que o palestrante Rawlison Terrabuio nos trouxe no Epicentro ...
O Caderno Digital é um programa que inclui monitores de plasma integrados com placa-mãe (ocupam pouco espaço), de uso individual em uma sala de aula, e que permitem ao professor integrá-los a suas lições. Como assim?

Além de conhecermos a capacidade de apresentações multimídias (são muito mais ricas para o aprendizado), o sistema não permite que o aluno copie e cole textos quando for fazer trabalhos. Assim, mesmo que ele busque o conteúdo na internet, ele é obrigado a pelo menos (se for copiar o que encontrou) digitar tudo de novo.

O sistema também permite que as editoras e autores possam produzir muito mais conteúdo (não impresso e incluindo textos, imagens e vídeos), evitando os custos excessivos do material impresso, barateando todo o processo educacional, além de prover os alunos com um material muito mais rico didaticamente.

Será que o Rawlison vai conseguir implantar esse projeto em toda a rede de ensino pública do Paraná e depois do país?
Boo-box e seus investidores

O boo-box é uma realidade que partiu da idéia de um jovem de 22 anos. Marco Gomes, estudante de publicidade em São Paulo, apresentou a palestra "O médio não é ótimo: Comunicação customizada para internet".

Marco simplesmente criou a boo-box: um sistema de publicidade para as mídias sociais (Orkut, Linkedin, etc). Ela consiste numa caixa de anúncios altamente personalizada e relevante de publicidade para o internauta.
Por exemplo: se eu estou em uma comunidade de marketing farmacêutico, o sistema boo-box é capaz de mostrar anúncios de empresas prestadoras de serviços de marketing exatamente para o segmento farmacêutico.

Mas a idéia só se tornou realidade porque ele conseguiu quem investisse em seu projeto. Ele conseguiu um Venture Capitalist (http://comunicarevencer.blogspot.com
/2009/04/investidor-venture-capitalist-no.html).

Boo-box:
http://boo-box.com/site/

Educação 2.0: de ABC a marketing

Gabriel Peixoto, apresentado pelo Ricardo Jordão (realizador do Epicentro) como o “blogueiro mais chato do mundo” e mais participante nos comentários do Biz Revolution, defendeu a idéia de que se deve utilizar conceitos e ferramentas de marketing na educação. Ele diz que a educação como é realizada (o que concordo historicamente com ele!) é descontextualizada e de pouco produtividade.

Gabriel afirmou que devem ser utilizadas técnicas de Telling Stories, transformando o conteúdo educacional em algo que vai permitir a potencialização do aprendizado porque passará:

- a fazer sentido (relevância) e
- vai criar afinidade (laços emocionais) junto aos alunos.

Marketing Jurídico

Depois foi a vez de Marco Antonio Gonçalves, da Gonçalves e Gonçalves Marketing Jurídico, fazer sua apresentação. Já eram mais de 9 da noite e ninguém ‘arredava o pé’. Ele disse que os profissionais jurídicos ficam ‘facejando’ o seu trabalho (afazeres próprios do dia-a-dia de um advogado) e se esquecem de pensar seu negócio: não param para refletir, planejar.

Marco Antonio expôs um estudo de caso em que o escritório de advocacia perdeu seu último grande cliente, o qual representava 40% de seu faturamento. Mesmo assim não quis contratar serviços de marketing dizendo que ‘sempre fez assim’.
Aliás, o ‘sempre fez assim’ é um dos maiores pesadelos dos consultores! No entanto, aqueles bem preparados já têm uma série de argumentos prontos para reverter essa objeção. Outros, ainda, adiantam-se a esse tipo de objeção com uma série de argumentos já na própria apresentação/proposta de serviços (euzinho, rs!).

Marco Antonio constata, ainda, que:

- falta mais atenção e relacionamento dos advogados com seus clientes;

- a maioria dos escritórios não funciona como uma empresa. Ora, se não é uma empresa como pode atender uma empresa? Os clientes (empresas) dizem que os advogados não entendem como os seus negócios funcionam. O que um cliente empresarial espera:


  • Ele quer enxergar um prestador de serviços terceirizados como sendo alguém como ele, ou seja, um escritório de advocacia que funcione como uma empresa.
  • Ele quer ver o direito aplicado a seus negócios, ou seja, é necessário muito relacionamento para que um escritório de advocacia possa personalizar seus serviços para cada cliente. Por exemplo, uma empresa de telecomunicações: ela concorre com que tipos de negócios e tecnologias? E uma empresa de transporte aéreo? E uma loja de shopping?

IT Mídia

Por fim, foi a vez da anfitriã, IT mídia, fazer sua apresentação. Miguel Petrilli, um dos sócios, trouxe a revista Byte para o Brasil que foi vendida em 1997 para a Editora Globo. Fundou a IT Mídia que segmentou seu mercado para a geração de conteúdo empresarial (B to B).

A missão é a geração de conteúdo para aproximar e desenvolver pessoas, e para gerar negócios. Se for para verificar a coerência de seus atos e sua missão, a IT Mídia está no caminho certo ao ceder seu espaço para a realização do Epicentro: o evento trouxe conteúdo profissional, relevante e inovador, além de permitir a aproximação das pessoas e muitas trocas de cartões.

Petrilli ressaltou que pessoas éticas que geram riqueza sabem como distribuir essa riqueza. Por isso, para ele, somos responsáveis por provocar a atitude empreendedora nas outras pessoas. Dez!

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