Feira de produtos orgânicos

Acabei de visitar uma feira de produtos orgânicos com estandes armados dentro de um shopping. Estamos finalizando o nosso evento e ainda previsava contactar alguns expositores (http://pactoderesgate.blogspot.com).

Agora é hora de organizar os cartões de visita e as anotações, relacionando-os e colocando observações. Aliás, esse é um fator fundamental para o melhor aproveitamento da feira tanto por parte do expositor quanto do visitante.

Já vou digitar todos os contatos em uma planilha no excel para que possa organizá-los junto aos outros contatos existentes. E organizar por gênero. Tenho vários tipos de panilhas e posso recomendar a todos que façam isso também.

Uma lista bem feita de contatos vale dinheiro.

Por exemplo, consegui uma parceira que organiza bazares de bairro para cuidar da parte de exposição do nosso próximo evento. Ele tem 24 mil endereços de e-mail, que além de funcionarem para divulgar suas fieras, ela ainda emite e-mail marketing de empresas e expositores que querem anunciar seus produtos diretamente e com excluvidade junto a sua lista.
Como dizem os profissionais de marketing direto americanos, "o dinheiro está na lista"!

Voltando a essa feira, observo a importância dos principíos básicos ao se visitar/expor em uma feira. Tenha seu cartão de visita em mãos, tenha materiais demonstrativos de seus produtos e serviços e, principalmente, uma mensagem de no máximo 30 segundos que fale ao interlocutor quem você é e o que faz.

Fiz contato também com a empresa que alugou os estandes: eram de bambu com coberturas de pano estilizadas, dando um tom delicadamente rústico ao evento. Já travamos contato e vamos negociar.

De fato, uma feira especilizada é o melhor lugar para você encontrar tudo de que precisa dentro de um determinado tema.


Vamos às feiras!

O Aprendiz: Quem viver, verá!

Quem viu anteontem à noite o programa O Aprendiz Universitário, pode comprovar que empreender é realmente uma tarefa fascinante.

A prova consistia no seguinte: cada dupla iniciava com 5 mil reais e quem transformasse o valor em mais dinheiro ganharia.

Todas as três duplas foram brilhantes e em nenhum momento passou pela minha cabeça a impressão de amadorismo. Amadorismo me lembra um clichê que criei para descrever os trabalhos em grupo em faculdades de marketing:
“Vou trazer a lua até aqui e projetar os testemunhais dos meus melhores clientes para que todo o lado da Terra que estiver escuro veja a minha mensagem, entre no meu site, e entre na fila para comprar meus produtos!”
A PROVA
Estou descrevendo e comentando ‘em cima’ das informações veiculadas em um tempo limitado que um programa de televisão dispõe para exibição.
Dupla 1 – Pegou jóias em consignação para vender:
  • Pegaram mais de 200 mil. Nas lojas da Oscar Freire, não conseguiram vender.
  • Conseguiram compradores em salões de beleza. Não bateram a meta estipulada por ele mesmos para o 1 dia.
  • Fecharam contatos na noite do primeiro dia. No outro dia foram nesses contatos. Grandes salões, spas e clínicas de tratamento. Viram que era o público certo.
  • Produto muito rentável. Negociaram muito. Disseram que “no lugar certo e com a pessoa certa” conseguem vender e ganhar muito numa peça. Venderam 11 peças em 1,5 dia e lucraram muito.
Dupla 2 – Empresa de Criação de Websites
  • Não conseguiram vender nos contatos face a face. Foram para a 25 de março para vender às lojas. Não conseguiram. Fecharam um site no fim do dia.
  • No segundo dia começaram a receberem muito pedidos que vieram da divulgação no Orkut e em outros sites sociais. Fecharam a criação de 2 sites e todos os conteúdos de empresa de vigilância por R$ 1.100,00.
  • Estipulou meta de 3 a 5 clientes e fecharam cinco no final do segundo dia. No meio da tarefa ‘deu um frio na barriga’ e não esperavam resultado tão bom. De repente, os pedidos vieram praticamente de uma só vez.

Dupla 3 – Foram em uma loja de rua: compraram camisas de clubes e produtos eletrônicos e pegaram alguns produtos em consignação. Venderam na rua. No segundo dia, trocaram produtos que não saíram.

  • Viram que na abordagem de rua, tem de saber falar. A beleza das meninas atraiu muita paquera. Segundo elas, muita gente queria só paquerar.
  • Fizeram uma rifa de câmera digital e pegaram o telefone das pessoas para informar o resultado. No final do segundo dia baixaram o preço dos notes para vender.
  • A dupla ‘bateu muito de frente’, ao contrário da outras duas duplas que tiveram um relacionamento mais harmonioso.

RESULTADOS

Dupla 1 - Fizeram R$ 8.400,00 – pegaram tudo em consignação.

Dupla 2 - Fizeram R$ 7.600,00 – não gastaram ou investiram nada dos 5 mil reais – Justus acha que faltou pensar em outras alternativas.

Dupla 3 - Fizeram R$ 9.200,00. Venceram porque correram mais riscos e venderam mais. Arriscaram quase o capital inteiro na compra de produtos e divulgação, e praticamente não comeram, não dormiram, ‘quase enlouqueceram’. Resultado : vitória.

COMENTÁRIOS

Pela falta de detalhes já que o tempo do programa é restritivo, a impressão que ficou para mim é que a dupla que vendeu mais, venceu por que focou muito em contato de venda tete a tete, e menos em estratégia. Saíram atabalhoadamente para vender com a cara e a coragem, e colocaram o dinheiro todo em compras (e uma parcela em divulgação), mas testaram aos poucos e foram adaptando as compras em produtos que se mostravam mais promissores.

A Dupla 1 (jóias) empreendeu somente em um tipo de produto. Os outros 3 ou 4 mil que sobraram poderiam ter comprado em bijouteria e oferecido para quem não comprou jóias. ‘Por que pararam 8 da noite’, perguntou Justus? ‘Por que os salões fecharam’, responderam. Justus disse que elas poderiam ter ido para restaurantes, etc. As vencedoras não pararam a noite e ficaram vendendo direto.

A Dupla 2 (Sites) foi motivada e mobilizada pela tarefa, no entanto, as vencedoras entraram para ganhar. Tinha jogo no Morumbi do são Paulo e elas foram pra lá vender. A dupla que venceu focou em resultado e as outras duas em tarefa.

Segundo o conselheiro Fromer, quando mais corre do risco mais você está arriscando – máxima do empreendedorismo.

A Inteligência do empreendedor é focar no tempo que tem e se mexer rápido se não está tendo resultado. A Dupla 2 (Sites), no fim do primeiro dia, não tinha resultados e não se mexeram para reverter a situação. “Se abraçaram e foram para o desastre”, disse Justus.

Roberto Justus disse que gosta de pessoas com personalidade forte, mais do que equilíbrio puro. Justus disparou: “Não conheço nenhum grande empresário no mundo que seja muito certinho. Pensa ‘fora da caixa’ o tempo todo. A inquietude é uma característica de quem vai vencer na vida. Vinte anos depois de formados, a turma da frente na escola trabalha inteira para a turma do fundão”.

OPINIÃO CONSELHEIROS

Para Longo, deveriam sair: Rodrigo era muito dependente da internet / Mariana não tinha criatividade e muito back stage.

Para Former, deveriam sair: Rodrigo (muito dependente da internet) / Carina pareceu nesse momento muito suicida para empreender.

Justos, então, perguntou para os 4 que estavam com a cabeça a prêmio: Se em vez de 5 mil, eu desse 200 mil?

Resp. do próprio Justus: Eu faria exatamente o que hipoteticamente teria feito se tivesse no lugar dos aprendizes. O que tinham que fazer, nesse caso, era gerar proporcionalmente mais dinheiro.

Justus perguntou: Se você sair hoje, quem deveria ganhar? Os outros três votaram na Carina.

Saiu a mais back stage, Marina, e o Rodrigo.

A Ana Paula ficou, sem dúvida, por causa da agressividade.

Acredito que a Dupla 3 obteve a vitória em grande parte porque a escolha dos produtos foi a mais adequada à tarefa: tanto pelo tempo, produtos de venda rápida e boa margem, a margem das jóias possivelmente era maior, mas a venda exige mais relacionamento do que camisas de futebol e eletrônicos, e serviços exigem mais contatos de venda entre o prestador e seus clientes potenciais para fechamento de vendas maiores.

Nada mais do que o bom e velho marketing de relacionamento

Que parte do meu cérebro eu entendo menos nesses tempos de hiper-realidade midiada? Tantas opções novas de tudo ... e tudo de tantas opções!

Devemos, entretanto, manter o raciocínio crítico, o que nos permitirá observar que muitas das novidades são melhorias do que já existia, ou seja, inovações incrementais.

A revista Information Week Brasil (jan de 2009) traz o artigo “O relacionamento mudou”* tratando das novas mídias sociais. Ele diz o seguinte:

“Quando a crise financeira estourou em setembro de 2008, o número de membros associados ao LinkedIn aumentou em 25%, em um único mês, chegando a 28 milhões. Conforme a crise se intensificou, o site alcançou a incrível taxa de um novo membro por segundo”.
O artigo, ainda, analisa como os relacionamentos podem ser medidos e transformados em ‘lucro’:
“Como o sociólogo Nin Lan diz em seu livro Capital Social, ’os indivíduos interagem e se relacionam a fim de produzir lucro’. (...) Mas como esses ´lucros´ são reconhecidos e medidos? De acordo com a teoria neocapitalista, eles tomam a forma de informação, influência, credenciais sociais e reconhecimento. Em outras palavras, capital social proporciona vantagens competitivas conferidas pelo acesso privilegiado aos recursos oferecidos pelas redes sociais”.
Vamos analisar cada aspecto do “lucro” social:
  • Informação: A informação pode lhe trazer dividendos na forma de observação de novas oportunidades de negócios, incremento para seus produtos/serviços, defeitos que você ainda não havia percebido nos seus produtos/serviços, e mais “um milhão “ de captação e troca de conhecimento para incrementar suas atividades.
  • Influência: gerar novas discussões em novos tópicos, gerar fluxo em determinadas fontes de informação (por exemplo: sites para consulta acerca de um assunto específico), etc.
  • Credenciais sociais: ser aceito como um bom indicador de contatos, ser referência para mediação de tópicos de discussão ou ações conjuntas, conseguir atrair mais pessoas para seus tópicos de discussão ou comunidades.
  • Reconhecimento: ser referência em um assunto ou especialidade, ter uma marca pessoal valorizada, contar com alto nível de credibilidade.

A matéria da Information Week diz: “O New York Times dá a seguinte dica:’Construa a reputação de doador e não de alguém que apenas pede favores’.”

Bem, esse é um excelente e fundamental princípio do marketing de relacionamento: primeiro você dá, ajuda, fornece informações, facilita a vida do próximo, contribui com valor para seus públicos, depois você obterá uma rede comprometida e de valor real.

Veja as etapas a se percorrer para construir um sistema de marketing de relacionamento efetivo:

  • Atingir seus consumidores-alvo (podem ser clientes potenciais, parceiros de negócio, jornalistas, enfim, toda a gama de um público relacionado ao que você faz);
  • Despertar sua atenção;
  • Provocar a lembrança recorrente sobre você;
  • Atrai-los para o seu negócio (ou para a sua rede de relacionamento);
  • Fechar vendas, acordos, parcerias, etc;
  • Estimular a recompra e, então,
  • Fidelizá-los.

É importante lembrar que ninguém se fideliza a outra alguém que, por sua vez, não é fiel aos seus contatos. CREDIBILIDADE É A CHAVE!

Para fechar, deixo algumas perguntas a serem feitas a você mesmo quando da implantação de ferramentas e metodologias de marketing de relacionamento. Dicas essas proporcionadas pelo Ricardo Jordão (www.bizrevolution.com.br):

  • O que a sua empresa faz para reconhecer a fidelidade dos seus principais clientes?
  • Você oferece alguma coisa diferente para eles? Com que freqüência? Somente no Natal?
  • Pois então comece a fazer algo com uma certa regularidade. Saia do lugar comum. Presentes no Natal todo mundo dá. Faça o que ninguém faz.
  • Organize, por exemplo, um jantar e reúna os mais importantes clientes empresa e os seus principais funcionários. (Mas não faça isso apenas uma vez, faça com uma certa regularidade. Sugestão: uma vez por trimestre), compre entradas para peças de teatro, eventos esportivos, viagens de finais de semana e entregue a eles em momentos em que eles não esperam. De preferência, vá junto com eles.
  • Não reconheça a fidelidade do seu cliente após ele comprar de você como todo mundo faz. Pense na regra: “Dar para Receber”.

Referências bibliográficas:

(*) Information Week Brasil (jan de 2009, nº211) traz o artigo “O relacionamento mudou” Soumitra Dutta e Matthew Fraser

Cuide de sua marca ou alguém cuidará dela para você!

Se você é micro, pequeno ou médio empresário e tem consciência da importância da Propriedade Intelectual para o futuro dos seus negócios, então veja porque deve contratar os serviços de uma empresa que cuide desse tipo de serviço: registros de marca e afins. As palavras são do Rudinei R. Modezejewski da E-Marcas:

- "Cada vez que você (sem conhecimento e experiência na solução destes problemas) faz sozinho, não está fazendo o que sabe, cuidando da sua empresa ou trabalho, certo? Então, está deixando de faturar, certo?

- Além disso, algumas destas coisas, se mal feitas, tem consequências muito ruins e nem sempre imediatas:

  • um processo no JEC mal conduzido pode levar à prejuízo financeiro imediato,

  • um procedimento burocrático ou contábil mal feito, pode gerar multas, tributos desnecessários ou até provocar o fechamento da empresa,

  • uma marca mal conduzida pode levar à perda do processo, o que pode levar à situação de não conseguir mais usar a marca, mas como o processo leva mais ou menos 2 anos, essa consequência não é imediata".
Veja alguns dos serviços que uma empresa especializada pode fazer para o seu negócio sem você tenha que se desfocar de suas atividades:

O site da E-Marcas é: http://www.e-marcas.com.br.

Proteger o seu patrimônio intelectual é fundamental para que seu negócio não seja atacado pela concorrência e para que você não seja impedido de utilizar seu próprio conhecimento expresso em textos, gráficos, marcas, projetos, sistemas, etc.

Contratação por projetos ou por jobs

Sem dúvida, o emprego formal está cada vez mais perdendo espaço para o trabalho autônomo (ou contratação por projetos/por jobs).

Essa é uma tendência mundial, até porque podemos constatar o aumento do número de pessoas que trabalham em suas próprias casas, atendendo clientes do outro lado do mundo, ou trabalhando em parceria com pessoas que jamais se conheceram pessoalmente.

Inclusive, fiz o site da Cachaça de Alambique Montanhesa com um parceiro em SP (e eu no Rio), sem jamais tê-lo visto pessoalmente. Pode ser que não seja muito numerosa ainda, mas dentre em breve, essa prática vai se espalhar.

Outro exemplo: um designer, parceiro meu (fizemos o site da Agência Ebulição que fez a campanha do Gabeira para a Prefeitura do Rio), atende a vários clientes sem jamais tê-los conhecido pessoalmente.

Para investir nas tendências

Você sabe quais são as carreiras e tendências de negócios do futuro? Segundo a revista Meu Próprio Negócio (maio-09), uma pesquisa da FIA (Fundação Instituto da Administração) as carreiras do futuro giram em torno das seguintes tendências:

- “ênfase crescente na inovação,
- a busca por qualidade de vida e
- a preocupação com o meio ambiente”.

E os mercados promissores serão:

- “no setor de Serviços,
- em áreas como Saúde e Qualidade de Vida,
- Turismo e Lazer,
- Alimentação,
- Terceira Idade e consultorias Especializadas (como Sustentabilidade),
- Desenvolvimento de carreiras,
- Consultoria Pessoal e
- Planejamento Financeiro”.

A pesquisa também identificou que a TAE (Taxa de Atividade Empreendedora) no Brasil:


“poderá chegar a 17% da população economicamente ativa – contra uma média de 12,8% observada entre 2001 e 2007”.

O maravilhoso mundo das mídias sociais!

Todos nós, internautas, estamos maravilhados com o poder e a capacidade de trocar conhecimento em rede, ampliado de forma exponencial pelas mídias sociais.

No entanto, hoje, ao fazer uma aula de Pilates de Solo, o professor comentou que Platão ficava girando por trás dos seus alunos sentados em círculo para que todos tivessem suas percepções e o aprendizado alterando o foco constantemente.

Esse comentário me fez enxergar as mídias sociais também por esse lado. O mais incrível delas não é encontrar rapidamente várias idéias ou respostas para um problema. Isso também é fascinante. Mas talvez o mais incrível sejam as informações que não solicitamos vindo ao nosso encontro.

Por exemplo, no Twitter, o conhecimento vem rapidamente a nós de diversos ângulos, já que cada pessoa tem sua carga de conhecimento e especialização.


Então, quando penso que estou certo sobre algum assunto ou ação em marketing, ao receber twitadas de profissionais de designer, administração, informática ou de qualquer outra especialidade, vejo que sempre há uma outra maneira de fazer as coisas ou, ainda, estrategicamente posso atacar o problema por outro ponto de vista com possível efetividade maior.

Outro exemplo que o professor de Pilates deu, foi o do Leonardo da Vinci (ih, agora não tenho certeza se foi ele!). Ele construiu uma sala com doze portas e quando empacava diante do projeto em que trabalhava, saía por uma porta e entrava por outra. Assim, promovia um deslocamento do seu ponto de vista, que havia travado em uma determinada “direção” do pensamento.

Uma idéia que me ocorreu agora é que podemos promover mídias sociais de voluntariado sócio-ambiental! Ou seja, por exemplo, uma Instituição lança o desafio de fazer uma ação. Todas as pessoas inscritas podem, além de se comprometerem a essa ação específica, contribuir também com idéias para maximizar a ação, indicarem conhecidos que podem solucionar ou ajudar na confecção de alguma peça necessária à ação, indicarem instituições e empresas que possam ajudar com permutas de produtos ou mão-de-obra, etc.

Bem, é isso; espero muitos pontos de vista discordantes ou intrigantes para pensarmos em novos usos ou ferramentas para as mídias sociais!

Empreendedor por oportunidade e por necessidade

Há uns posts atrás falei da diferença entre o empreendedor por oportunidade e o por necessidade
(http://comunicarevencer.blogspot.com/2009/04/investidor-venture-capitalist-no.html).

A última edição da revista Meu Próprio Negócio (nº 75) traz alguns resultados encontrados pela pesquisa Global Entrepreuneur Monitor (GEM). Para facilitar, vou postar os resultados por tópicos:
  • pela primeira vez (9ª edição da pesquisa), o número de empreendedores por oportunidade é maior do que o por necessidade. Além disso, para cada um empreendedor por necessidade, existem dois por oportunidade;

  • de 2001 a 2008, a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (negócios que estão abrindo suas portas ou abriram recentemente) manteve-se em 12%, índice semelhante aos dos EUA e outros países desenvolvidos;

  • há 14,6 milhões de empreendedores no Brasil: dentre eles, 9,78 milhões são por oportunidae e os restantes 4,81 milhões são por necessidade;

  • dos jovens de 18 a 24 anos pesquisados, 15% empreendem (desses 15%, 68% são por oportunidade e 32% por necessidade);

  • a pesquisa mostra que existe espaço para empreendimentos inovadores, porque o brasileiro porcura por isso mas não encontra nas empresas existentes.

E você, tem algum produto ou serviço inovador? Já fez algum tipo de pesquisa de mercado?

Cuidado: Contrato na mão! (Parte 2)

Em prosseguimento ao post anterior, estou postando o desabafo de um consultor enviado para o grupo de discussão Empreendedores BR (http://br.groups.yahoo.com/group/empreendedorBR/). Segue, o texto sem caracterizar a pessoa que o enviou:

Hoje aprendi uma dura lição, “negócios são negócios, amigos”...
... “que amigo que nada, só no contrato, e reconhecido em cartório”.

Por trabalhar com pequenas empresas, nunca me preocupei com burocracias de contrato, proposta assinada, recibos, cronograma, etc. Simplesmente vou executando o trabalho e mostrando os resultados. Já aconteceram alguns atrasos em pagamento, mas tudo bem, até porque minha remuneração provém em parte dos resultados obtidos, mas depois de hoje, nunca mais.

Estava desenvolvendo um projeto de assessoria comercial em uma empresa que, eu já sabia, estava em dificuldades financeiras, por isso me procuraram.

Comecei o projeto, do zero, dia 05/02/2009.

Defini foco de atuação, selecionei a equipe, desenvolvi metodologia comercial, ajudei a elaborar a identidade visual, toda a papelaria, site, treinei e certifiquei o pessoal comercial interno e externo, acompanhando em prospecção e reuniões.

Fechamos a primeira venda dia 12/03/2009.

Mesmo com Carnaval e outros percalços, fechamos a primeira venda em 24 dias úteis trabalhados. Lembrem-se, comecei do ZERO absoluto.

Esta primeira venda, paga todos os investimentos feitos em pessoal, material de apoio e a consultoria. Não paga os altos investimentos que a empresa fez em equipamentos, pois se trata de um laboratório analítico e ambiental.

Só para destacar, também não sabia nada da atividade, público alvo, mercado potencial, nada mesmo.

É um mercado bastante concorrido, mas conseguimos nos destacar pelo método de abordagem diferenciado, fechando de cara uma grande conta.

Normalmente divido os projetos em 3 fases – desenvolvimento comercial (incluso todo o trabalho acima), capilaridade (parcerias, eventos, etc.) e gerencia comercial terceirizada (acompanhamento e melhoria contínua). Dei por concluída a 1ª. Fase e iniciei as 2 seguintes.

Não vou entrar em detalhes, mas por conta de outro consultor em gestão, que após analisar o trabalho que desenvolvi, também verificando que não tínhamos qualquer contrato assinado (nem a proposta eu tenho assinada), decidiu junto á diretoria interromper o projeto até terminar a “reestruturação” da empresa, que não passa de uma redução de custo geral. Importante falar que o laboratório é filho de uma empresa maior.

A questão é que o processo de capilaridade já estava encaminhado, faltando apenas alguns detalhes, e a gerencia comercial terceirizada busca a melhoria contínua. Na prática, a equipe já pode andar com as próprias pernas, com risco de cair o desempenho, mas anda.
O consultor, vendo isto, aproveitou a oportunidade e me ferrou.
Suspenderam o último pagamento, quebrando minhas pernas este mês.

Ainda estou tentando negociar um parcelamento maior, mas não acredito muito, na realidade, se decidirem não pagar, não vão pagar ... como vou cobrar?? Nada tenho documentado.

Vou tentar levar no banho-maria até receber tudo.

Desculpem o desabafo, mas acredito que vários já passaram por isso.
O que muda no meu dia-a-dia??

SÓ COM CONTRATO, PROPOSTA, EXAME DE SANGUE, DNA, NOTA FISCAL, BOLETO BANCÁRIO, RG, CPF, FOTO DO PAI E DA MÂE, TUDO EM 3 VIAS, COM CÓPIA AUTENTICADA E FIRMA RECONHECIDA (POR AUTENTICIDADE).

Cuidado: Contrato na mão!

Um colega de discussão no grupo Empreendedores BR (http://br.groups.yahoo.com/group/empreendedorBR/) se queixava de que, por fechar uma consultoria de vendas sem assinar contrato, foi dispensado antes da hora e ainda corria o risco de não receber todo o pagamento combinado.
Esse post é interessante para profissionais que trabalham como consultores ou como profissionais autônomos e serviços mem geral.
Veja o comentário que enviei em resposta ao post dele:

Também já tive experiência semelhante. Meu parceiro de consultoria, professor universitário, teve a solicitação de consultoria de marketing por parte de uma aluna sua. Ele me procurou para trabalharmos em conjunto. Eram 4 lojas de material para fazer bijuteria na baixada fluminense.

Como era sua aluna, ele decidiu não pedir o tradicional adiantamento de 40 ou 50%. Fechamos o negócio e começamos a trabalhar. Veja bem, a consultoria prevê que analisemos todas as variáveis possíveis envolvidas e diagnostiquemos a situação, recomendando uma série de medidas corretivas e/ou preventivas. Já assessoria inclui o trabalho da consultoria mais a implantação das soluções que se façam necessárias.

Ficou acertado que praticaríamos consultoria e meu parceiro faria o levantamento e análise financeiros. Ainda, inclui no pacote, a criação de todo o merchandising das lojas, com a programação visual desde placas (que eram de papelão recortado e escrito a pilot), até pirulitos de porta, baners de fundo de loja e vitrines, etc, etc, etc.

Após entregarmos a proposta de trabalho com todas as especificações do que nos caberia, fomos para a primeira reunião de trabalho. Chegando lá encontramos um amigo da proprietária que havia feito um curso (não sei se no SEBRAE da vida), e que se intitulou consultor financeiro. Após conversar descobrimos que ele nunca havia feito esse trabalho para terceiros.

Pois bem, esse "consultor" começou a nos tratar de forma arrogante e grosseira, nos espremendo para apresentarmos de cara a solução. Já viu ... Conseguimos mostrar que não trabalhávamos assim e ele a todo o momento dizendo que nosso trabalho era desnecessário.

Depois de três semanas, entregamos o relatório final e a criação de todas as peças de merchandising, além de criação de formulário de pesquisa e treinamento para aplicação da mesma, e eles falaram que não havíamos feito nada. Depois de muito disse me disse, mostrarmos a proposta entregue, explicar novamente em que consistia uma consultoria, eles postergaram o pagamento para mais 30 dias.

Pergunte o resto da história ... Trabalhar com pequenas empresas é assim mesmo! Existem os empreendedores que, independente de nível cultura e estudo, pensam grande e agem em conformidade com o seu tamanho, e os que infelizmente pensam pequeno e agem como se fossem grandes...

Amanhã postarei o comentário do colega que gerou essa minha resposta.
top