Por que conteúdo estratégico ?




Estou preparando uma apresentação de slides para postar em breve, esclarecendo a importância de se ter uma estratégia de conteúdo profissional para quem quer ter sucesso online (e offline também!).

Abaixo estão dois que já estão prontos. Mas a estória tem de ser contada ainda... Estou organizando o conteúdo e a sequência dos slides.




A reinvenção constante: Já ultrapassamos o pós-modernismo



Já está virando cliché, mas para não perder a fala, vou também aderir: A única constante de nosso tempo é a velocidade das mudanças.

Veja, aqui, a parte 1 desse texto (Somos nós, brasileiros, criativos?).

Por isso, e sequenciando o post anterior sobre o livro que estou lendo, "Criatividade brasileira: Alex Atala, Fernando e Humberto Campana, Jum Nakao: Gastronomia, design, moda", vou citar a organizadora Andrea Naccache falando sobre um mundo de acelerada mutação:

"Não há casa ou solução universal. Nada satisfaz a todos. A cada nova geração, o cenário é alterado. A reinvenção constante é necessária. Por isso, a criatividade é, concomitantemente, um desejo e um imperativo de nosso tempo".

No meu caso, quando começo em um novo processo criativo - a bem da verdade ele nunca tem começo ou fim: é um fluxo, tenho diversos altos e baixos, achados e perdidos, saltos no vazio e aterrissagens no lodo. É assim mesmo e, por mais aparentemente frustrante e angustiante, em algum momento espero chegar ao insight. 

Alex Atala diz:

Para fazer um trabalho diferente do esperado, é preciso reservar aproveitar um tempo e aproveitar uma chance com as pessoas próximas: "Eu vou fazer algo diferente e vai ser bom. Seja na família, entre amigos, na empresa, é preciso se dispor a criar, conseguir espaço e partir do zero. Uma aposta."

Outra técnica (intuitiva) que uso para criar ou solucionar problemas é saltear entre diferentes ideias, possibilidades e mudar de ângulos (persperctivas). Quando começo a 'travar', começo a alternar atividades do dia-a-dia e, às vezes, pode parecer muito confuso, mas apenas mudar o foco de sua atenção para outras circunstâncias pode lhe abrir todo um novo horizonte perspectivo.

Também tenho mania de juntar coisas e ideias inesperadas, ir a lugares onde nunca fui, imaginar pessoas totalmente diferentes que conheço juntas em uma situação engraçada. Juntar todas essas coisas, imagens, objetos, pessoas, lugares, etc pode geralmente nos produzir a sensação de ridículo, mas isso é bom! Pode ser o sinal de que você está chegando lá! E é sobre isso que Atala fala:

A criação exige um certo 'desenquadramento', a capacidade de conviver com elementos 'desaforados', fora do lugar habitual; Seja no calendários de afazeres, na estética, eventualmente na técnica, e até nos relacionamentos. Alex [Atala] parece ter se acostumado a isso por sua história de vida. Para ele, depois de tantos anos percebendo-se diferente dos outros, experimentar os descaminhos é o cotidiano.





Outra coisa de que gosto é de aprender. Obter novos conhecimento, desenvolver novas habilidades, coordenar habilidades diferentes em um novo caminho. Aprendendo a editar vídeos, usei muito da minha habilidade de fazer storyboards (imagem acima) para apresentações de slides, e isso me foi muito útil para 'pensar' o movimento da linguagem do vídeo.

Por fim, a humildade. Ele é a dama da criação. Estar sempre aberto. Sempre buscando libertar-se de padrões. Em  outras palavras, se você estiver 'cheio de si', com o ego inflado feito um balão, não vai sobrar espaço para entrar mais nada! E sem alimentação de novas ideias, livros, conversas, etc, enfim, com os sensores abertos para o mundo, não pode haver criação!

Para fechar, deixo a mensagem do poeta americano Walt Whitman, que deixou uma grande obra se é que vocÇe me entende !? 


Máquina Alguma de Poupar Trabalho

Máquina alguma de poupar trabalho
eu fiz, nada inventei,
nem sou capaz de deixar para trás
nenhum rico donativo
para fundar um hospital ou uma biblioteca,
reminiscência alguma
de um acto de bravura pela América,
nenhum sucesso literário ou intelectual,
nem mesmo um livro bom para as estantes
— apenas uns poucos cantos
vibrando no ar eu deixo
aos camaradas e amantes. 


Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
Fonte: Citador

Somos nós, brasileiros, criativos?





Nós, brasileiros, somos um povo criativo?

Se você espera que eu vá responder a essa questão, então nem adianta ler até o fim. 

O que vou dizer é que cada vez mais a criatividade está entrando nos meandros de nossas vidas, e temos cada vez mais de sermos inventores-solucionadores.

Somos desafiados diariamente a buscar novos conhecimentos, mesmo a contra gosto, nem que seja para pesquisar o tipo de celular ou iphone que estamos precisando. 

Aprender a reaprender, reaprender a reaprender todo dia?

Quem trabalha com criação volta e meia se vê diante de dilemas e impasses de ordem de metodologias de trabalho. Ou seja, em outras palavras e de uma maneira direta: como vou fazer uma nova tarefa que surgiu com o novo trabalho que tenho de entregar essa semana?

E alguns deles foram rapidamente respondidos no livro "Criatividade brasileira: Alex Atala, Fernando e Humberto Campana, Jum Nakao: Gastronomia, design, moda". 

A Editora Manole resume dizendo que os três profissionais encontram-se "em conversa franca sobre as condições do trabalho criativo no Brasil". Atala (chef gastronômico), os irmãos Campana (design de objetos) e Jum Nakao (Moda) conversam sobre inovação em suas profissões e no mundo contemporâneo, e fica claro como eles influenciam de forma decisiva em segmentos de atuação.

A psicanalista Andréa Naccache é a organizadora do livro. 





Acredito que o dilema de ter de reaprender seu trabalho diariamente não é uma 'regalia' exclusiva de quem vive da criação. Em muitas atividades e profissões estão aparecendo questões como essas uma vez que as inovações estão aceleradíssimas e as pessoas vêem-se diante 'novas novidades' o tempo todo.

Fico por aqui e vou postando conforme for lendo o livro.

Deixo o link do vídeo "Tempos de aprender, desaprender, reaprender ( 1)".


OBS/Dica: Não inseri o vídeo aqui porque aprendi que eles pesam muito a página, retardando o carregamento delas e isso não é bom para o Google... O Google gosta (esse é um dos quesitos que o buscador usa para ranquear melhor uma página em relação a outras) de páginas que carregam rápido. 
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