É preciso atenção ao capital de giro

O site Pequenas Empresas Grandes Negócios de hoje lançou a seguinte manchete:

Lula: é preciso atenção ao capital de giro.

Sem considereções políticas de direita ou de esquerda, a afirmação do Presidente vem bem a calhar. As micro e pequenas empresas devem prestar muita atenção no capital de giro. Esse fator já é, naturalmente, um dos maiores causadores de fechamento de empresas de pequeno porte. Ainda mais agora, onde o dinheiro está ficando cada vez mais escasso.

Sabemos que finaciamentos são usados como capital de giro, já que é difícil para o pequeno empresário ter esse valor em dinheiro próprio.

É preciso tomar muito cuidado com o planejamento financeiro. Ah, as micro e pequenas não tem um planejamento financeiro? Pois deveriam.

A dica é procurar seus contadores e pedir ajuda para montar os seguintes relatórios gerenciais da área financeira, caso você ainda não os tenha:
  • Controle de Vendas realizadas
  • Apuração dos resultados da Empresa
  • Controle de Movimento do Caixa Realizado
  • Fluxo de Caixa
  • Balanço Gerencial
Bem, já saí demais da minha área. Se você quer saber mais sobre planejamento financeiro, joga no Google!

Cuidado: Nem sempre tudo é Google!

Prashant Kaw, do blog http://blog.hubspot.com/, deixa claro que nem sempre o Google é o maior gerador de tráfego para um site ou blog. Veja o gráfico abaixo:

Não se espante, mas você também vai estar lá!

Convergência de mídia, convergência de teorias?

Pois é, a convergência de mídias se tornou um dos assuntos mais apaixonados do momento por especialistas em comunicação. Tema apaixonante e estratégico. Por isso, leia o texto até o fim que vale a pena!

Uma excelente opção para quem quer se aprofundar no assunto é o livro Cultura da convergência(1), de Henry Jenkins. O livro analisa a convergência das mídias, também como a maneira como os profissionais de marketing devem lidar com isso e tirar vantagem ao invés de continuarem a ver a internet como uma mídia passiva.

Resumidamente, Henry Jenkins conceitua a convergência de mídias como:
“(...) um processo em curso, ocorrendo em várias interseções de tecnologias, de indústrias, de conteúdo e de audiências. (...) Nunca haverá uma caixa preta que controle todas as mídias. Um pouco devido à proliferação dos canais e a natureza cada vez mais ubíqua [está por toda a parte] da computação e das comunicações, nós estamos entrando em uma era onde as mídias estarão em toda a parte, e nós usaremos todos os tipos de mídias e suas correlações com outros tipos de mídias”.
Como curiosidade, além de autores internacionais, o livro é prefaciado por um brasileiro. Mauricio Mota, autor do blog “Os alquimistas estão chegando” (http://www.oalquimista.com/) , discute o conceito de ‘transmídia’ que, de uma maneira resumida, seria a criação de conteúdos complementares entre si intercambiados em diferentes tipos de mídias.

Como exemplo, Maurício exercita o conceito de ‘transmídia’ a partir de seu próprio blog, já que a oportunidade de gravar o primeiro programa “Os alquimistas estão chegando” surgiu da publicação do blog.

O atual ícone do significado de ‘Convergência de mídias’ ou ‘transmídia’ talvez seja o seriado americano Heroes. O conteúdo do seriado entremeia-se entre televisão, site e mobile phone. O conteúdo da TV remete ao conteúdo do site e do mobile, e vice-versa.

Subjetividade e conteúdo

Melinda Davis, em seu livro “A Nova cultura do desejo”(2), faz uma análise profunda de como a vida atual tende a uma crescente subjetividade: as pessoas isolam-se cada vez mais através da virtualização proporcionada pela internet, jogos eletrônicos, etc. Veja o que Melinda escreve:
“As escolhas multimídias dividiram nossas atenções. Muitas famílias e amigos se reúnem diante da lareira do receptor de TV, mas milhões de outros juntam-se a fogueiras de TV mais recentes ou se dissociam completamente da sincronia da transmissão comunitária com TiVo, Vídeo cassete, jogos eletrônicos, pey-per-view,DVD, o grande universo alternativo online, ou a vida real”.
Assim, Melinda acrescenta um novo fator a nossa discussão: a micro-segmentação da audiência:

“Alguns observadores lamentam que o tecnoprogresso que prometia tornar a humanidade uma imensa aldeia global, sintonizada conjuntamente nos mesmos eventos, na verdade nos transformou numa miríade de pequenos clãs invisíveis libertos dos grilhões do tempo e da geografia, os consumidores apresentam um desafio duplo ao marketing: não apenas são difíceis de alcançar, como também difíceis de achar)”.
A partir daqui, passo a contradizer o que disse no título desse artigo (convergência): a quantidade de mídias existentes e a sua crescente multiplicação também geram uma dissociação de mídias.

Mudanças por segundo

Talvez algo que mais represente uma grande parte das coisas que acontecem na nossa era seja a expressão “mudanças por segundo”. Somos acordados por novos conceitos e tecnologias de uma maneira, muitas vezes, desconcertante. A quantidade de opções de mídias e de informações gera consumidores difíceis de reter (ou de aderir, como quiser). A disseminação de mídias chega a nos atordoar.

Dito isso, pergunto: cabine de fotografias pode ser mídia? Pode. O jornal O Globo(3) publicou matéria dizendo que alguns shoppings nos Estados Unidos serão os pioneiros a receber uma unidade do MyStudio que, segundo o jornalista, “é um estúdio de gravação profissional, com equipamentos de áudio e vídeo de última geração”.

O jornal também disse que o ‘pulo do gato’ é que “a cabine é conectada à internet e você pode permitir que seu vídeo seja imediatamente baixado para a comunidade MyStudio. (...) Como se fosse um You Tube, só que exclusivamente com vídeos produzidos nestas cabines”.

No entanto, voltando à convergência de mídias, os desafios podem ser menos tecnológicos do que de formato do conteúdo. Em outras palavras, como podemos tornar o conteúdo intercambiável à televisão e computadores?

Uma interessante observação a respeito dessa intercambialidade foi exposta no debate da Stanford University, chamado “Will web and Television Converge?” (4). Dois tipos de conteúdo que poderão ser vistos em ambas as mídias foram apresentados:

- Conteúdo de televisão

  • Programas de televisão;
  • Filmes;
  • Comerciais.

- Conteúdo World Wide Web:

  • Apresentações multimídia (apresentações de vários objetos de mídias incluindo texto, gráficos 3-D, áudio e vídeo);
  • Jogos;
  • Blocos de informação (coleções de objetos de mídias através dos quais o usuário pode navegar).

A LG está lançando uma nova linha de televisões que permite escolher um filme na internet e assisti-lo em alta resolução. Segundo o UOL, “a TV acessa o Netflx, serviço de aluguel de filmes online, e permite que você escolha qual filme quer assistir de uma lista de mais de doze mil títulos. É simples, basta entrar no menu de Internet pelo controle remoto, escolher serviço Netflix e navegar pelos filmes. Aperte o botão ok quando quiser assistir ao filme e pronto!”.

O fim das mídias tangíveis Para completar, alguns ainda pregam o fim das mídias tangíveis, ou seja, jornais, revistas, livros, DVDs, e softwares/jogos vendidos em embalagens. Steve Rubel (5), reconhecido especialista em plataformas digitais emergentes, lista fatos de que a mídia tangível está desaparecendo e, segundo ele, vai desaparecer completamente até 2014:

- a Aplle está vendendo jogos para download diretamente através do iPhone e iPod Touch;

- a Microsoft está disponibilizando seus jogos para download online;

- o The Christian Science Monitor está descontinuando seu jornal impresso em favor do online.

Tudo isso reforça o embate entre convergência e divergência de mídias. Afinal de contas, o que isso importa?

Vejamos: o marketing tradicional via anúncios, seja por televisão, impresso ou baners em sites não mais está surtindo o efeito de antes. As pessoas querem e, graças às novas tecnologias, têm a capacidade cada vez maior de escolher o que desejam ver. Mais que isso: elas também podem se tornar mídias, criar e editar conteúdos e disseminar informações.

Marketing Viral

Para que alguma mensagem comercial surta efeito nos consumidores diante da fragmentação de mídias, o marketing está se valendo de novas técnicas onde o internauta tem participação efetiva na retransmissão de mensagens às pessoas de sua rede de contatos.

Esse é o Marketing Viral, onde as empresas estão criando conteúdos informativos, educacionais ou de entretenimento para que os consumidores repassem as informações para seu círculo de relacionamento.

O importante é gerar um ‘barulho’ entre os internautas, maior do que o ‘barulho’ gerado pelo excesso de informações da rede. Seria algo como gerar um rumor direcionado para que um determinado público-alvo possa retransmitir as mensagens da empresa.

Bem, o marketing viral merece um outro artigo somente para ele...

Co-criação de conteúdos

O que a convergência (ou divergência) de mídias gera para o consumidor não é apenas o poder de escolher e retransmitir mensagens. Outra e talvez mais poderosa capacidade seja a de criar seus próprios conteúdos ou interferir no conteúdo de terceiros e, então, os retransmitir.

O consumidor pós-moderno (e não moderno!) quer interferir nos conteúdos como uma forma de se expressar. Sobre esse tópico, leia o artigo: Afetar e ser afetado: essa é a moda do futuro! (http://www.40graus.com/artigosrh/colunas_ver.asp?pagina=&idColuna=4296&idColunista=46&titulo).

Próximo passo

Para encerrar, deixo uma questão: o próximo passo para os profissionais de marketing será a união de marketing viral e geração de conteúdo transmídia?

Em outras palavras, geração de conteúdo complementar e co-criado em diversos tipos de mídia, a fim de que os consumidores os repassem através de internet, mobile phone, iPod, iPod Touch, TiVo, etc? Provavelmente isso já está acontecendo em algum lugar!

O que você acha? Espero seus comentários!

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(1) Cultura da convergência – Henry Jenkins – Ed. Aleph – 2008

(2) A Nova cultura do desejo: Os segredos sobre o que move a o comportamento humano no século XXI – Melinda Davis – Record – 2002

(3) Cabines You Tube nos shoppings? – Cid Andrade – Coluna Cibermundo – Jornal O Globo – 03-07-08

(4) Debate: Will Web and Television Converge? – Moderator: Matt Franklin – Stanford University – http://graphics.stanford.edu/~bjohanso/cs448/

(5) The End of Tangible Media is Clearly in Sight – Steve Rubel – 14-11-08 http://www.micropersuasion.com/2008/11/the-coming-end.html

Mini-Projeto para Confecção de Sites

Ao contrário do que podem pensar outros profissionais da área de confecção de websites, é fundamental sim mostrar ao cliente potencial como planejar um Website. Quanto mais ele estiver consciente da importância de planejar a inteligência de seu site, mais saberá valorizar a contratação de um profissional especializado em web marketing.

Dito isso, aí vai o Mini-Projeto para Confecção de Sites em tópicos. Em breve desenvolverei uma série de artigos comentando e exemplificando cada tópico desse projeto.

1. Usuários
  • Quem são os usuários e grupos de usuários?

  • Estudar os perfis dos usuários

  • Coletar dados

  • Networks
    o Como posso gerar relacionamento entre o site e os usuários?
    o Como posso gerar relacionamento entre os usuários?
    o Troca de links
    o Links recomendados

2. Usabilidade

  • Usabilidade geral

  • Conectividade e tempo de download

  • FAQs (dois níveis)
    o Para clientes potenciais e novos com perguntas básicas
    o Para clientes cadastrados que já conhecem seus produtos/serviços

3. Navegação

  • Sequência das páginas

  • Profundidade das páginas

  • Labeling

  • Comando Voltar (bem visíveis e fáceis de alcançar)

  • Busca

  • Bookmarks

4. Obtenção de informação

  • Página pós página

  • Divisão de conteúdos (compartimentalização)

  • Notícias

  • Informações para Download

  • Por escrito / MP3 / Vídeo

5. Estratégias básicas de ranqueamento

  • Palavras-chave

  • Meta-tags

  • Troca de Links
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