Sustentabilidade: cada vez mais uma palavra-chave em marketing

Fim de ano ... correria. Para não variar, agora estou voltando a “respirar”. Fechamos o ano com o 10º Encontro Pacto de Resgate Ambiental (RJ). O Instituto Ecológico Lagoa Viva, organização sem fins lucrativos, promoveu o Encontro disponibilizando ao público 10 palestras de renomados especialistas em assuntos ambientais.

Numa delas, proferida pelo oceanógrafo David Zee, pude ver a beleza do conhecimento e da comunicação de um ambientalista. Zee abordou a existência da ética antropocêntrica e de sua oposta, a Ecocêntrica. Vejamos:
  • Ética antropocêntrica: por que um outro animal ou espécie da flora tem de morrer para o homem sobreviver?
  • Ética Ecocêntrica: harmonia entre as espécies.

Depois versou sobre o desenvolvimento sustentável:

  • Visão do empresário voraz X ambientalista eco-chato (ou como chamamos "carinhosamente" no Lagoa Viva: ambientalista shiita, os quais quando vêem um projeto patrocinado já logo rotulam a ONG como vendida aos interesses empresariais de um grupo).

Por causa disso, segundo David Zee:

- está-se perdendo parcerias valiosas;

- o Marketing Ambiental – "um precisa do outro" (a empresa precisa ser sócio- ambientalmente correta, e a as instituições sem fins lucrativos precisam das empresas para financeiarem seus projetos e poderem desenvolver trabalhos de maior abrangência e impacto);

- Quem ganha: todos – O que é chamado de desenvolvimento sustentável.

O que digo, é que vivemos em uma sociedade capitalista. É hipocrisia tentar negar ou esconder isso. A economia tem de se expandir. No entanto, com o desenvolvimento sustentável pode-se criar uma economia menos predatória e mais preocupada com o meio ambiente.

A sustentabilidade
Vou postar a seguir trechos publicados no site administradores, no dia 23/12/08, que revelam como o mundo está caminhando para uma economia sustentável. Bem, pelo menos, partindo do princípio de que eles (o primeiro mundo) estão falando a verdade:
“O discurso da primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel, em visita ao Brasil, em maio de 2008, demonstrou a relevância de levar em consideração as questões socioambientais em conjunto com as econômico-financeiras. Ela foi categórica quando abordou que não tem como existir um produto competitivo financeiramente à custa de danos ambientais e humanos, pois, em um determinado momento todos vamos pagar a conta. Ou seja, a ministra alemã deu a entender que isso é como “empurrar com a barriga”, inclusive no ato que a declaração da recessão no país foi afirmado que não se pode abrir mão dos princípios”.
O artigo também chama a atenção para a proteção dos direitos de comercialização de nossa biodiversidade:
"A luta pelos royaties da biodiversidade deveria ser uma bandeira não só do Estado nacional, como também das companhias brasileiras. Essa reflexão é importante, pois em tempos de crise é comum agir de forma não racional".
Por fim, quero deixar uma mensagem para as empresas que ainda não investem em ações sócio ambientais, ainda seguindo o texto postado no administradores.com.br:

"O momento é ainda mais oportuno para as empresas estruturarem suas gestões, baseadas no retorno ao acionista com sustentabilidade".

Não é só o marketing que tem seus guerrilheiros!
Mais tarde foi a vez do biólogo “guerrilheiro”, Mario Moscatelli, dizer que nós, habitantes do Rio, somos porcos. Nossa baía de Guanabara e a Bacia Hidrográfica da Barra-Jacarepaguá são provas incontestes.

Mostrou, também, slides de manguezais que recuperou durante o ano. Emplacou a retumbante frase ao mostrar um slide com o manguezal todo cheio de lixo trazido pelas águas poluídas: “Tem muito ambientalista 'salto alto' que não encara o lixo”.

Terminou solicitando a ajuda para a colocação de ecobarreiras (tela plástica para barrar o lixo flutuante) em vários pontos das bacias cariocas, com uma frase de inteligência marquetista (no bom sentido!): sou o lixeiro mais caro do Brasil”. Ou seja, ao invés de biólogo, muitas vezes ele tem de atuar como um lixeiro das águas e mangues da nossa região.

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