Numa delas, proferida pelo oceanógrafo David Zee, pude ver a beleza do conhecimento e da comunicação de um ambientalista. Zee abordou a existência da ética antropocêntrica e de sua oposta, a Ecocêntrica. Vejamos:
- Ética antropocêntrica: por que um outro animal ou espécie da flora tem de morrer para o homem sobreviver?
- Ética Ecocêntrica: harmonia entre as espécies.
Depois versou sobre o desenvolvimento sustentável:
- Visão do empresário voraz X ambientalista eco-chato (ou como chamamos "carinhosamente" no Lagoa Viva: ambientalista shiita, os quais quando vêem um projeto patrocinado já logo rotulam a ONG como vendida aos interesses empresariais de um grupo).
Por causa disso, segundo David Zee:
- está-se perdendo parcerias valiosas;
- o Marketing Ambiental – "um precisa do outro" (a empresa precisa ser sócio- ambientalmente correta, e a as instituições sem fins lucrativos precisam das empresas para financeiarem seus projetos e poderem desenvolver trabalhos de maior abrangência e impacto);- Quem ganha: todos – O que é chamado de desenvolvimento sustentável.
O que digo, é que vivemos em uma sociedade capitalista. É hipocrisia tentar negar ou esconder isso. A economia tem de se expandir. No entanto, com o desenvolvimento sustentável pode-se criar uma economia menos predatória e mais preocupada com o meio ambiente.
“O discurso da primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel, em visita ao Brasil, em maio de 2008, demonstrou a relevância de levar em consideração as questões socioambientais em conjunto com as econômico-financeiras. Ela foi categórica quando abordou que não tem como existir um produto competitivo financeiramente à custa de danos ambientais e humanos, pois, em um determinado momento todos vamos pagar a conta. Ou seja, a ministra alemã deu a entender que isso é como “empurrar com a barriga”, inclusive no ato que a declaração da recessão no país foi afirmado que não se pode abrir mão dos princípios”.
"A luta pelos royaties da biodiversidade deveria ser uma bandeira não só do Estado nacional, como também das companhias brasileiras. Essa reflexão é importante, pois em tempos de crise é comum agir de forma não racional".
"O momento é ainda mais oportuno para as empresas estruturarem suas gestões, baseadas no retorno ao acionista com sustentabilidade".
Mostrou, também, slides de manguezais que recuperou durante o ano. Emplacou a retumbante frase ao mostrar um slide com o manguezal todo cheio de lixo trazido pelas águas poluídas: “Tem muito ambientalista 'salto alto' que não encara o lixo”.
Terminou solicitando a ajuda para a colocação de ecobarreiras (tela plástica para barrar o lixo flutuante) em vários pontos das bacias cariocas, com uma frase de inteligência marquetista (no bom sentido!): sou o lixeiro mais caro do Brasil”. Ou seja, ao invés de biólogo, muitas vezes ele tem de atuar como um lixeiro das águas e mangues da nossa região.
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